Onze anos e pouco mais de 3 meses. Essa relação começou em uma segunda-feira. Ele chegou em casa em março.
Presente do Ruy. Minha mãe ajudou. Meu pai achou “invenção de moda”, mas logo o estragou com tanto mimo.
Um beagle tricolor, macho.
Como chamá-lo? Poirot, como o detetive de Agatha Christie? Lafayette, como o cão de Aristogatas? Café com leite, com sotaque paulistano? Coca? (ele tinha uma mancha branca no focinho). Eu queria chamá-lo Puto, mas não permitiram.
Por fim, Frame. Frame Boy. Eu trabalhava com fotografia, Ruy com vídeo. Perfeito.
Depois disto ganhou vários apelidos: Tico, Gordo, Lelê, Léllis, Mané, Siri Mixirica, Pamonha, Estrupício, Ticones, Baleia Pompidou, Beaglebull, Zé Miguel Wisnik, Décio Pitnini, Brunzundunda, Peitudão, Berdinazi, Silveirinha, Capacho de pulga, Albieri, R2. O último? Inútil.
Nos primeiros quatro anos de vida, destruiu tudo. Sofá, meus sapatos, todas as paredes, sifão do tanque, meias, livros, Cds, tapetes, carpetes, livros, sapatos, meias... tudo.
Neste princípio, brigávamos muito. Mas seu olhar de cãozinho da Disney tornava tudo irresistível.
Quando morei em Paris, puxava minhas roupas do armário e dormia com elas. Senti muita saudade.
Sempre muito saudável. Até arrebentar as orelhas, em 2006. Auto-hematoma. Quatro operações no total. Meses usando um cone de plástico. Os amigos brincavam “Um dia ele esquecerá que é cachorro e acenderá como um abajur!” ou “Ele será vendido na Tokstok?”. Melhor: “Ele parece um Temaki!”. Ruy achava melhor trocar as orelhas por carpetes. Os veterinários se divertiam, e cada vez se apegavam mais e mais ao Frame. Dra. Dani, Jéssica, Fernanda, Elaine, Dr. Alexandre... Ele recebe até cartão de Natal e no Orkut tem vários fãs.
E como é espaçoso. Ocupa todos os cantos da casa. E toda comida obviamente foi comprada para ele. Pode? Minha mãe diz: “É síndrome de humanização”. Ele imita o meu jeito de dormir quando rouba meu travesseiro... e fica bravo quando rimos dele.
Ano passado teve um problema sério de coluna. Houve a ordem médica: repouso. Como? Ele ainda pensa que é filhote!
Este ano, um pequeno e superficial tumor. Tivemos que castrá-lo. Será que agora ele envelhecerá? Nada. Continua roubando o tapete do banheiro e mexendo em tudo que está a seu alcance.
É inacreditável como ele nos ensina coisa todos os dias. Amar, ser amado. E principalmente perdoar.
Presente do Ruy. Minha mãe ajudou. Meu pai achou “invenção de moda”, mas logo o estragou com tanto mimo.
Um beagle tricolor, macho.
Como chamá-lo? Poirot, como o detetive de Agatha Christie? Lafayette, como o cão de Aristogatas? Café com leite, com sotaque paulistano? Coca? (ele tinha uma mancha branca no focinho). Eu queria chamá-lo Puto, mas não permitiram.
Por fim, Frame. Frame Boy. Eu trabalhava com fotografia, Ruy com vídeo. Perfeito.
Depois disto ganhou vários apelidos: Tico, Gordo, Lelê, Léllis, Mané, Siri Mixirica, Pamonha, Estrupício, Ticones, Baleia Pompidou, Beaglebull, Zé Miguel Wisnik, Décio Pitnini, Brunzundunda, Peitudão, Berdinazi, Silveirinha, Capacho de pulga, Albieri, R2. O último? Inútil.
Nos primeiros quatro anos de vida, destruiu tudo. Sofá, meus sapatos, todas as paredes, sifão do tanque, meias, livros, Cds, tapetes, carpetes, livros, sapatos, meias... tudo.
Neste princípio, brigávamos muito. Mas seu olhar de cãozinho da Disney tornava tudo irresistível.
Quando morei em Paris, puxava minhas roupas do armário e dormia com elas. Senti muita saudade.
Sempre muito saudável. Até arrebentar as orelhas, em 2006. Auto-hematoma. Quatro operações no total. Meses usando um cone de plástico. Os amigos brincavam “Um dia ele esquecerá que é cachorro e acenderá como um abajur!” ou “Ele será vendido na Tokstok?”. Melhor: “Ele parece um Temaki!”. Ruy achava melhor trocar as orelhas por carpetes. Os veterinários se divertiam, e cada vez se apegavam mais e mais ao Frame. Dra. Dani, Jéssica, Fernanda, Elaine, Dr. Alexandre... Ele recebe até cartão de Natal e no Orkut tem vários fãs.
E como é espaçoso. Ocupa todos os cantos da casa. E toda comida obviamente foi comprada para ele. Pode? Minha mãe diz: “É síndrome de humanização”. Ele imita o meu jeito de dormir quando rouba meu travesseiro... e fica bravo quando rimos dele.
Ano passado teve um problema sério de coluna. Houve a ordem médica: repouso. Como? Ele ainda pensa que é filhote!
Este ano, um pequeno e superficial tumor. Tivemos que castrá-lo. Será que agora ele envelhecerá? Nada. Continua roubando o tapete do banheiro e mexendo em tudo que está a seu alcance.
É inacreditável como ele nos ensina coisa todos os dias. Amar, ser amado. E principalmente perdoar.
3 comentários:
ô,meus deus... nunca vou esquecer quando ele espalhou o papel higiênico pela casa toda e o pegamos no flagra e nunca vou esquecer quando nos reencontramos e ele me reconheceu e quase me matou me atacando ,me mordendo, arranhando e chorando , demonstrando todo seu afeto!!!!hahahaha...foi tão bonitinho! frame boy!!!!
É o pestinha tricolor mais lindo que conheço. É muito fashion,se mostrando totalmente à vontade com seus óculos rosa. Parece pronto para um passeio. Lindo, esse meu neto!
Tenho histórias de amor e ódio c/ esse cão...(mais amor que ódio, claro). Daria um livro se contasse, mas gosto muito dele. O apelido é "BRUZUNDUNGA".E já disse que ele é insubstituível.
Eduardo
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