Perder alguém que se ama. Sempre tive muito medo deste momento. E neste temer, o imaginei tantas vezes. Um dia ele chega e o eixo se vai. Nunca se sabe como acontecerá e como se pode reagir. Não adianta se preparar.
Porém fiquei calma e triste. Muito triste.
O mês que me trouxe a vida, também levou meu avô. “Vô Mingo”. Quando penso nele, é sua risada a primeira coisa que me invade. Uma caneca azul cheia de coca-cola. Broa de fubá e miolo com requeijão. Uma casinha de madeira. A maneira de dizer que amava a minha avó. A vontade de aproveitar a vida e a família não o abandonou nunca, nem na hora da morte. Sua alegria ajuda a resistir e continuar seguindo. A serenidade de meu pai me conforta e o desejo de fazer minha avó sorrir me leva adiante.
Este mesmo mês levou também o Ruy-pai. Chamado de “véio” de forma tão carinhosa (ou “tio”, por uma menina de quinze anos que eu era).
Pessoas especiais merecem permanecer, mesmo que apenas na saudade...
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2 comentários:
Muito do que eu amava se foi num mês de março, mas a saudade segue por todos os meses há 12 anos e incrivelmente parece que foi ontem. Porque graças à ele, a presença de 20 anos foi mais marcante que o choque da ausência em 12.
Pessoas que amamos nunca morrem para nós. Elas vivem em nossas mentes, sempre naquilo de bom que nos mostraram. E, de maneira sábia, podemos eterniza-las, difundindo aos nossos descendentes o espirito maravilhoso delas. Como já não sou novinho e aprendi a lidar com as perdas, várias dessas pessoas vivem comigo e de maneira muito gostosa.
Beijos filha.
Eduardo
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