domingo, 19 de setembro de 2010

AGOSTO SE FOI. E COM ELE MUITO DO QUE AMAVA

Perder alguém que se ama. Sempre tive muito medo deste momento. E neste temer, o imaginei tantas vezes. Um dia ele chega e o eixo se vai. Nunca se sabe como acontecerá e como se pode reagir. Não adianta se preparar.

Porém fiquei calma e triste. Muito triste.

O mês que me trouxe a vida, também levou meu avô. “Vô Mingo”. Quando penso nele, é sua risada a primeira coisa que me invade. Uma caneca azul cheia de coca-cola. Broa de fubá e miolo com requeijão. Uma casinha de madeira. A maneira de dizer que amava a minha avó. A vontade de aproveitar a vida e a família não o abandonou nunca, nem na hora da morte. Sua alegria ajuda a resistir e continuar seguindo. A serenidade de meu pai me conforta e o desejo de fazer minha avó sorrir me leva adiante.

Este mesmo mês levou também o Ruy-pai. Chamado de “véio” de forma tão carinhosa (ou “tio”, por uma menina de quinze anos que eu era).

Pessoas especiais merecem permanecer, mesmo que apenas na saudade...

2 comentários:

CL disse...

Muito do que eu amava se foi num mês de março, mas a saudade segue por todos os meses há 12 anos e incrivelmente parece que foi ontem. Porque graças à ele, a presença de 20 anos foi mais marcante que o choque da ausência em 12.

Anônimo disse...

Pessoas que amamos nunca morrem para nós. Elas vivem em nossas mentes, sempre naquilo de bom que nos mostraram. E, de maneira sábia, podemos eterniza-las, difundindo aos nossos descendentes o espirito maravilhoso delas. Como já não sou novinho e aprendi a lidar com as perdas, várias dessas pessoas vivem comigo e de maneira muito gostosa.
Beijos filha.
Eduardo