Sempre tão difícil amanhecer, mas não nesta sexta. Não neste dia 17. Não neste setembro.
Acordo, empurrando o corpo. Os pés cambaleiam pelo corredor. Um pequeno bilhete cai em frente à porta que antecede a sala-surpresa. Os olhos de areia demoram a entender. Abro a maçaneta e entro em um sonho. Trinta e sete lembranças ocupam a sala, dispostas cuidadosamente em papeis recortados, presos por barbantes de diferentes comprimentos, fixados ao teto. Citações mágicas me transportam no tempo e me deixo voar longe. As lágrimas teimam em manchar o lápis que restava da noite anterior. Leio cada um e meus pés flutuam. Uma risada invade o choro: “como ele é capaz?”. Assim fica fácil não ver que tanto se passou e inevitável querer mais. Queria ficar ali naquela sala-saudade para sempre e sei que voltarei a ela quando desejar (ou precisar). Nunca houve presente melhor.
Ruy, eram onze as gérberas naquelas garrafas. Sim, eu me lembro a primeira vez que fomos lá quando fecho os olhos. É mesmo muito fácil gostar de você. Obrigada pela manhã mais linda de todas. (E sei que virão outras)
Postagens
3 comentários:
A felicidade tecida nos detalhes e na profundidade de um gesto simples e ao mesmo tempo requintado. É o que nos faz sorrir. Se todos tivessem essa sensibilidade, seria tão bom...
Sempre que leio uma frase que acho genial penso: "como gostaria de ter sido EU a escrever essas palavras! EU deveria ter escrito isso..."
Essa sensacao eu somente havia tido com textos, nao com outros tipos de "idéias", em sentido mais amplo.
Até sinto "inveja" sua, Pat (a da boa, da "branca" como dizem); receber algo assim é "du c...". Mas, sinceramente, queria mesmo era ter sido EU a ter essa idéia...
Ruye, tiro meu chapéu... (mais uma vez!). Como dizem por aqui: "Respekt!" ;-)
Beijos aos dois!
Poxa Ruyê, fazer a Pat chorar logo assim de manha!!!!hehe
É muito louco, mas amor de vcs contagia o nosso tb. Sensacao boa!!!
Beijos apaixonados
Pri
Postar um comentário