quinta-feira, 28 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
ALGO ESTÁ ACONTECENDO ...
Tenho muito medo de agulhas.
Minha pressão despenca quando faço exame de sangue.
É irracional, infantil, quase bobo.
Mas um dia qualquer, há sete anos trás, usei meu horário de almoço e fui fazer uma tatuagem. Fui sozinha. Como tive coragem? (Não. Não doeu.)
Hoje fui à acupuntura pela primeira vez. Fiquei com o corpo cheio do meu medo. Só eu sei como foi um passo largo. Também não sei como... mas também não doeu.
Nos mudamos em dezembro de 2007 para este apartamento, de vista tão bela, mas apenas estes dias penduramos os quadros.
(o que significa pendurar quadros em nossas casas?)
Queria entender o que mudou, mas às vezes é melhor simplesmente deixar acontecer...
Gosto da mudança. Acredito nela.
Sorte que é sempre bem acompanhada...
Minha pressão despenca quando faço exame de sangue.
É irracional, infantil, quase bobo.
Mas um dia qualquer, há sete anos trás, usei meu horário de almoço e fui fazer uma tatuagem. Fui sozinha. Como tive coragem? (Não. Não doeu.)
Hoje fui à acupuntura pela primeira vez. Fiquei com o corpo cheio do meu medo. Só eu sei como foi um passo largo. Também não sei como... mas também não doeu.
Nos mudamos em dezembro de 2007 para este apartamento, de vista tão bela, mas apenas estes dias penduramos os quadros.
(o que significa pendurar quadros em nossas casas?)
Queria entender o que mudou, mas às vezes é melhor simplesmente deixar acontecer...
Gosto da mudança. Acredito nela.
Sorte que é sempre bem acompanhada...
(falta ainda pendurar as cortinas e voltar para academia)
segunda-feira, 25 de maio de 2009
ANTRO EXPOSTO VAI AO RIO
Um festival internacional de teatro.
Espetáculos de países que falam a mesma língua.
Apenas dois representando o Brasil.
Este é o FESTLIP. Festival de Teatro da Língua Portuguesa.
E um dos representantes do Brasil é COMPLEXO SISTEMA DE ENFRAQUECIMENTO DA SENSIBILIDADE.
[Bate um certo orgulho, confesso]
Esta é sua segunda edição e acontecerá no Rio de Janeiro, em julho.
Espetáculos de países que falam a mesma língua.
Apenas dois representando o Brasil.
Este é o FESTLIP. Festival de Teatro da Língua Portuguesa.
E um dos representantes do Brasil é COMPLEXO SISTEMA DE ENFRAQUECIMENTO DA SENSIBILIDADE.
[Bate um certo orgulho, confesso]
Esta é sua segunda edição e acontecerá no Rio de Janeiro, em julho.
Mais novidades, em breve!
Por hora, só nos resta estourar champagne...
Por hora, só nos resta estourar champagne...
COMPLEXO SISTEMA DE
ENFRAQUECIMENTO DA SENSIBILIDADE
Concepção, texto e direção RUY FILHO
Música original PATRICK GRANT
com DIEGO TORRACA, GUILHERME GORSKI
GABRIELA ROSAS, GIULIANA ROCHA,
RAIANNI TEICHMANN e TIAGO TORRACA
Cenografia e iluminação RUY FILHO
Figurinos JUNIA PAIVA
Preparação de ator GUSTAVO SOL
Preparação de ator convidado ALEXANDRE CAETANO
Fotografias e Design Gráfico PATRÍCIA CIVIDANES
Fotógrafo convidado FRED MESQUITA
Registro em DVD e edição final THIAGO DE MELLO
Produção CIA. DE TEATRO ANTRO EXPOSTO
Realização CIA. DE TEATRO ANTRO EXPOSTO
E CENTRO CULTURAL RIO VERDE
sábado, 23 de maio de 2009
O CÃO MAIS CHARMOSO DO MUNDO
Onze anos e pouco mais de 3 meses. Essa relação começou em uma segunda-feira. Ele chegou em casa em março.
Presente do Ruy. Minha mãe ajudou. Meu pai achou “invenção de moda”, mas logo o estragou com tanto mimo.
Um beagle tricolor, macho.
Como chamá-lo? Poirot, como o detetive de Agatha Christie? Lafayette, como o cão de Aristogatas? Café com leite, com sotaque paulistano? Coca? (ele tinha uma mancha branca no focinho). Eu queria chamá-lo Puto, mas não permitiram.
Por fim, Frame. Frame Boy. Eu trabalhava com fotografia, Ruy com vídeo. Perfeito.
Depois disto ganhou vários apelidos: Tico, Gordo, Lelê, Léllis, Mané, Siri Mixirica, Pamonha, Estrupício, Ticones, Baleia Pompidou, Beaglebull, Zé Miguel Wisnik, Décio Pitnini, Brunzundunda, Peitudão, Berdinazi, Silveirinha, Capacho de pulga, Albieri, R2. O último? Inútil.
Nos primeiros quatro anos de vida, destruiu tudo. Sofá, meus sapatos, todas as paredes, sifão do tanque, meias, livros, Cds, tapetes, carpetes, livros, sapatos, meias... tudo.
Neste princípio, brigávamos muito. Mas seu olhar de cãozinho da Disney tornava tudo irresistível.
Quando morei em Paris, puxava minhas roupas do armário e dormia com elas. Senti muita saudade.
Sempre muito saudável. Até arrebentar as orelhas, em 2006. Auto-hematoma. Quatro operações no total. Meses usando um cone de plástico. Os amigos brincavam “Um dia ele esquecerá que é cachorro e acenderá como um abajur!” ou “Ele será vendido na Tokstok?”. Melhor: “Ele parece um Temaki!”. Ruy achava melhor trocar as orelhas por carpetes. Os veterinários se divertiam, e cada vez se apegavam mais e mais ao Frame. Dra. Dani, Jéssica, Fernanda, Elaine, Dr. Alexandre... Ele recebe até cartão de Natal e no Orkut tem vários fãs.
E como é espaçoso. Ocupa todos os cantos da casa. E toda comida obviamente foi comprada para ele. Pode? Minha mãe diz: “É síndrome de humanização”. Ele imita o meu jeito de dormir quando rouba meu travesseiro... e fica bravo quando rimos dele.
Ano passado teve um problema sério de coluna. Houve a ordem médica: repouso. Como? Ele ainda pensa que é filhote!
Este ano, um pequeno e superficial tumor. Tivemos que castrá-lo. Será que agora ele envelhecerá? Nada. Continua roubando o tapete do banheiro e mexendo em tudo que está a seu alcance.
É inacreditável como ele nos ensina coisa todos os dias. Amar, ser amado. E principalmente perdoar.
Presente do Ruy. Minha mãe ajudou. Meu pai achou “invenção de moda”, mas logo o estragou com tanto mimo.
Um beagle tricolor, macho.
Como chamá-lo? Poirot, como o detetive de Agatha Christie? Lafayette, como o cão de Aristogatas? Café com leite, com sotaque paulistano? Coca? (ele tinha uma mancha branca no focinho). Eu queria chamá-lo Puto, mas não permitiram.
Por fim, Frame. Frame Boy. Eu trabalhava com fotografia, Ruy com vídeo. Perfeito.
Depois disto ganhou vários apelidos: Tico, Gordo, Lelê, Léllis, Mané, Siri Mixirica, Pamonha, Estrupício, Ticones, Baleia Pompidou, Beaglebull, Zé Miguel Wisnik, Décio Pitnini, Brunzundunda, Peitudão, Berdinazi, Silveirinha, Capacho de pulga, Albieri, R2. O último? Inútil.
Nos primeiros quatro anos de vida, destruiu tudo. Sofá, meus sapatos, todas as paredes, sifão do tanque, meias, livros, Cds, tapetes, carpetes, livros, sapatos, meias... tudo.
Neste princípio, brigávamos muito. Mas seu olhar de cãozinho da Disney tornava tudo irresistível.
Quando morei em Paris, puxava minhas roupas do armário e dormia com elas. Senti muita saudade.
Sempre muito saudável. Até arrebentar as orelhas, em 2006. Auto-hematoma. Quatro operações no total. Meses usando um cone de plástico. Os amigos brincavam “Um dia ele esquecerá que é cachorro e acenderá como um abajur!” ou “Ele será vendido na Tokstok?”. Melhor: “Ele parece um Temaki!”. Ruy achava melhor trocar as orelhas por carpetes. Os veterinários se divertiam, e cada vez se apegavam mais e mais ao Frame. Dra. Dani, Jéssica, Fernanda, Elaine, Dr. Alexandre... Ele recebe até cartão de Natal e no Orkut tem vários fãs.
E como é espaçoso. Ocupa todos os cantos da casa. E toda comida obviamente foi comprada para ele. Pode? Minha mãe diz: “É síndrome de humanização”. Ele imita o meu jeito de dormir quando rouba meu travesseiro... e fica bravo quando rimos dele.
Ano passado teve um problema sério de coluna. Houve a ordem médica: repouso. Como? Ele ainda pensa que é filhote!
Este ano, um pequeno e superficial tumor. Tivemos que castrá-lo. Será que agora ele envelhecerá? Nada. Continua roubando o tapete do banheiro e mexendo em tudo que está a seu alcance.
É inacreditável como ele nos ensina coisa todos os dias. Amar, ser amado. E principalmente perdoar.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Há trabalhos e trabalhos. Até terça fecharemos mais uma revista. Está tudo tranqüilo, prazeroso. (ainda quero falar disto aqui, mas fica pra depois).
Tem um trabalho que me instiga muito – e que não tive como dar continuidade nos últimos meses. (Tempo, tempo... o grande inimigo.): iIlustrar os texto do blog ANTRO PARTICULAR , escritos por Ruy Filho, coincidentemente meu marido (darão risada desta nomenclatura assumida). E viva o nepotismo!
Alguns fatores o faz ser tão interessante:
1. Fazer uma imagem que ilustre um texto é um grande desafio. E o melhor é fazê-la sem ter que explicá-lo ou figurá-lo.
2. Ter a liberdade de embutir sua opinião na imagem. (isto não é sempre possível na maioria dos lugares)
3. ver o processo de criação do texto e conhecer bem a cabeça de quem o escreve. (intimidade lembra?).
4. Criar imagens para textos que gosto tanto! (e me orgulho sempre!)
Farei uma seleção e postarei estas “artezinhas” gráficas por aqui, aos poucos.
Fica engraçado vê-las fora do contexto. Quem se interessar, pode encontrá-las junto ao texto no blog original (é só clicar nos títulos abaixo).
[espero voltar a encontrar tempo para voltar a fazê-las...]
Tem um trabalho que me instiga muito – e que não tive como dar continuidade nos últimos meses. (Tempo, tempo... o grande inimigo.): iIlustrar os texto do blog ANTRO PARTICULAR , escritos por Ruy Filho, coincidentemente meu marido (darão risada desta nomenclatura assumida). E viva o nepotismo!
Alguns fatores o faz ser tão interessante:
1. Fazer uma imagem que ilustre um texto é um grande desafio. E o melhor é fazê-la sem ter que explicá-lo ou figurá-lo.
2. Ter a liberdade de embutir sua opinião na imagem. (isto não é sempre possível na maioria dos lugares)
3. ver o processo de criação do texto e conhecer bem a cabeça de quem o escreve. (intimidade lembra?).
4. Criar imagens para textos que gosto tanto! (e me orgulho sempre!)
Farei uma seleção e postarei estas “artezinhas” gráficas por aqui, aos poucos.
Fica engraçado vê-las fora do contexto. Quem se interessar, pode encontrá-las junto ao texto no blog original (é só clicar nos títulos abaixo).
[espero voltar a encontrar tempo para voltar a fazê-las...]
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quinta-feira, 21 de maio de 2009
SAUDADE. PALAVRA BRASILEIRA
São mais amigos indo. Mais dois. E levam com eles uma pequena. Farão falta. Mais do que imaginam. Terça entrei na Marginal e não segurei as salgadas. Desceram pelo meu rosto. Sou assim. Deságuo fácil. Parte é felicidade por eles. A outra é uma saudade antecipada. “Saudade do futuro”. Frase daquele que se foi há mais tempo. Levou com ele uma outra. Fazem mais falta do que imaginam. São amigos. Daqueles que não se fazem mais. Serão sempre. E somos tão diferentes...
Lisboa, Hannover, Frankfurt, Monterrey... Não importa. Distancia é uma coisa estranha, e tento fazê-la relativa. Mas o corpo faz falta. Olhos nos olhos (sempre Chico). O boteco ao cair da madrugada. As risadas. As gargalhadas. Muitas. Intensas. Serão transformadas em bits, em pixels, em eletricidade. Não há calor. Mas existem as visitas (que fazem tão mal a eles). Mas há conforto nelas. Conforto do futuro. Do próximo encontro. Do saber que nada mudará, mesmo com todos crescidos, amadurecidos. Mesmo caminhando pra nos tornar mais e mais diferentes.
Lisboa, Hannover, Frankfurt, Monterrey... Não importa. Distancia é uma coisa estranha, e tento fazê-la relativa. Mas o corpo faz falta. Olhos nos olhos (sempre Chico). O boteco ao cair da madrugada. As risadas. As gargalhadas. Muitas. Intensas. Serão transformadas em bits, em pixels, em eletricidade. Não há calor. Mas existem as visitas (que fazem tão mal a eles). Mas há conforto nelas. Conforto do futuro. Do próximo encontro. Do saber que nada mudará, mesmo com todos crescidos, amadurecidos. Mesmo caminhando pra nos tornar mais e mais diferentes.
(Ontem faltou o abraço de adeus. Como eles queriam. Melhor assim...)
segunda-feira, 18 de maio de 2009
ESCOLHENDO VÍCIOS
Será que podemos escolher? Temos opção? Eu tenho poucos – ao menos não reconheço muitos, ou não os assumo. Não bebo, não fumo, não assisto séries na TV a cabo, não jogo videogame, não jogo. Não cheiro, não injeto, não tomo café, adoro feriado, convivo com meu cartão de crédito sem ofender ninguém, não sou nenhuma ninfomaníaca... Acredito que controlo meus excessos. Prefiro assim. Não gosto de ser controlada. Mas quando se trata da coca-cola e chocolate... A vida fica cor-de-rosa! Ou marrom, no caso. Não vivo sem. Fico irritada quando me oferecem Pepsi, Guaraná... “Você não toma suco?”. Perguntas indignadas. [e porque se ofendem tanto quando indago seus vícios?] Cheguei a mudar de bar... Desde de pequena isso. Vô Mingo me trazendo o tal líquido numa caneca azul de plástico, escondido da Vó Minda. Semana passada fui a uma degustação de chocolates premium e conheci o paraíso: Palet Or. Conhecem? Típico francês (será que sou viciada nisso também? França?), demora dois dias para ficar pronto, 70% cacau e tem uma folhinha de outro em cima. Ai ai...
O que seria do mundo com uma população em crises de abstinência? Melhor nem pensar...
Falar pode ser considerado um vício?
E dormir de manhã?
Gostaria de poder me viciar em viajar.
Gostaria de ir mais ao cinema...
Sou viciada no Ruy...
Sou viciada em reticências...
O que seria do mundo com uma população em crises de abstinência? Melhor nem pensar...
Falar pode ser considerado um vício?
E dormir de manhã?
Gostaria de poder me viciar em viajar.
Gostaria de ir mais ao cinema...
Sou viciada no Ruy...
Sou viciada em reticências...
domingo, 17 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
"INTIMIDADE É UMA MERDA!!"
Esta é uma frase nossa. Repetimos, brincando todas as vezes que nos sentimos abusar entre amigos. Mas há coisa melhor? Olho no olho, dizer verdades, mesmo que cortem nossa voz. (tudo estanca, cicatriza). Não se policiar, contar palavras – apenas usar o limite do bom senso. Saber qual o ponto fraco do outro. Saber o ponto forte. Saber segredos, saber tocar pra dar arrepio. Uma risada com intenções... Intimidade é algo que prezo, que busco. Comigo, com outros. Mas ela deve ser real, singular. Às vezes demora, mas em momentos, ela brota sem perceber. Não gosto das forçadas (tem gente que a cria – estranho. Um interesse estranho). Existem coisas que só os amigos podem... Gosto disso...
[arte gráfica postada há tempos no fotolog pcividanes]
quinta-feira, 14 de maio de 2009
PRA MARTAR A SAUDADE
Quando ainda não usávamos a ajuda do Paintbrush, que dirá do Photoshop, o cartaz tinha que acontecer. Não era um problema. Papel na mão, isqueiro e vela na outra. A arte é do Sol (Gustavo Sol) – ele sempre gostou brincar com fogo! PRETEXTO PRA CARTARSE. Nossa primeira peça fora do colégio (nossa mesmo, eu também atuava... inacreditável...). Brotou em 1995 (eu com meus poucos 15 anos). O contato com Antonin Artaud. A histórica pré-estreia de Bacantes, do Teatro Oficina, no Arena de Ribeirão Preto. Resultado: Ruy largou o vestibular de medicina e deu no que deu! Montamos o espetáculo. Ruy, Sol, eu e mais Aline, Porto, Monica, Marcio. Depois tantos outros. Sandrinha, Bela, Samira, Paulo, Priscila... Um ano depois, um delicioso desafio jogado na mesa do Riveira por Helô Sales: fomos enfrentar a fria madrugada no Oficina e apresentar a peça ao Zé (Celso). “Vocês têm a virgindade necessária!”. Nosso pretexto virou segundo ato de PRA DAR O FIM NO JUÍZO DE DEUS, apresentado em 1996 no Oficina. Coisa demais para cabeças tão novas e vorazes... Mas tudo isso pra falar do cartaz...
[da esquerda para direita: Sol, Pat, Aline e Ri Porto.]
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quarta-feira, 13 de maio de 2009
APROVEITANDO A DEIXA DA MOÇA DO POST ANTERIOR, LÁ VAI:
Conheci esta ruiva quando ela ainda era loira. Uma noite na Bela Paulista. Recomendação do Samir (Yasbek).Chegou sem crédito no celular. Seu pai nos ligou e pediu que a identificássemos. Fácil. Olhar perdido e inseguro. Insegurança esta que deu vazão a palavras que se multiplicavam em progressão geométrica, saindo de sua boca seca de forma tão entusiasmada, que calou ao Ruy e a mim (coisa difícil). “O Ruy só atrai gente louca mesmo!”, pensei. Mas gostei dela de cara! E assim começou uma parceria. Uma não. Várias. Ruy na direção, eu na arte de suas divulgações. Para reviver um pouquinho, cá estão alguns flyers que criei para textos da Sta. Nicolielo. Foi tudo sempre muito prazeroso. Foi não. É!
2008
2007
2005
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teatro
QUEM ENTENDE DO BABADO...
PriBibi, sempre fofa,
dando a maior força...
http://priscilanicolielo.blogspot.com/2009/05/novo-blog-na-quebrada.html
http://priscilanicolielo.blogspot.com/2008/11/patrcia-cividanes.html
Me inspira! (obrigada!)
dando a maior força...
http://priscilanicolielo.blogspot.com/2009/05/novo-blog-na-quebrada.html
http://priscilanicolielo.blogspot.com/2008/11/patrcia-cividanes.html
Me inspira! (obrigada!)
terça-feira, 12 de maio de 2009
AUTO-RETRATO
COMO COMEÇAR O PRIMEIRO POST DE UM BLOG?
NUNCA PENSEI EM TER UM.
APESAR DE FALAR MUITO (NÃO DE MANHÃ),
NÃO SOU DE ESCREVER.
MAS IMAGENS TAMBÉM FALAM, NÃO?
ESTA É A MINHA FALA.
MAS COMO COMEÇAR?
COMEÇAR UM TEXTO, UM RELACIONAMENTO.
TODO COMEÇO É DIFÍCIL, DESCONHECIDO.
COMEÇO ENTÃO PELO QUE CONHEÇO (OU ACHO)
E QUE ALGUNS PODEM NÃO CONHECER.
UMA BREVE APRESENTAÇÃO. RASA, SUPERFICIAL.
MAS ESSA É A AUTORA DESTE MAIS NOVO BLOG,
DENTRE OS INÚMEROS NASCIDOS AGORA.
ESTA SOU EU (OU PARTE DE MIM)
PRAZER. PASSEM SEMPRE POR AQUI...
01 de agosto. Um choro. O primeiro. O ano? 79. Não escondo. Critico, mas gosto das rugas e cabelos brancos. (dos cabelos brancos menos). Ano da anistia. Por isso vim. Já cheguei atrasada, como de costume. Um pai e uma mãe indescritíveis (se descrevê-los, parecerá mentira. Perfeitos! Guardo pra mim, ou conto mais tarde). Avós... ah, os avós... Filha e neta única até os 5 anos. Mimo? Aos 9 meses: operação. Três rins e uma formação errada nos ureteres. Um ano e meio, acidente: duas pernas quebradas. Depois disso, poucas baixas. Odeio agulhas. Continuo filha única, mas gosto. Gosto de pessoas. Amo amigos. Melhor aluna até a quarta série. Primeira nota vermelha na quinta. Percebi que não precisava me esforçar muito para ficar na média. E assim fui. Fugindo da educação física e me empenhando na artística. Fiz dança. (É. Jazz. Não consegui passar ilesa aos anos 80.) Fiz teatro. Nunca pensei em ser atriz. Gostava mais das festas. E em uma festa aos 15 beijei o que vem a ser meu melhor acerto. Menino mais velho, roupas pretas, rasgadas, andar descalço. Há quase 15 anos? O que dizer? (se descrever parecerá mentira. Perfeito! Guardo pra mim, ou conto mais tarde). Metade de uma vida. Quero mais. Um ano depois do beijo, ele veio pra São Paulo (cidade que me fez careta quando criança ao sentir seu cheiro). Vim atrás. Atrás de amor, de sonho, de trabalho (como todos, não?). Morei vinte e sete dias em um pensionato de freiras. Aluguei um quarto na casa de uma senhora - ela maltratava o marido. Aluguei um apartamento com uma amiga. A amiga se foi. Veio outro amigo. Depois a irmã dele. Já era tempo de parar de dividir a cama de solteiro. Fomos morar juntos. Um quarto e sala e muitos livros. Sim! Neste momento já havia o filho: tricolor, macho. Me ensina muita coisa até hoje. Cursei Publicidade. Faltava às aulas – passava boa parte do tempo na faculdade de Artes Plásticas. Ele me dizia que era para dormir melhor no escuro do passar dos slides das aulas de história, mas não. Um professor de fotografia. Me apaixonei – pela fotografia. Uma fotógrafa americana, retratando o “fim de festa” de sua geração e mudando a história. Me fez acreditar que a câmera não mordia. Uma inquietação juvenil, a vontade dando vazão ao experimento. Um scanner na mesa e muita coisa na cabeça. Ganhei uma bolsa de estudos. Fui morar em Paris. Não falava francês, mas me senti em casa em uma semana. Não queria voltar. Ele foi ficar comigo nos últimos meses. Mudamos muito na distancia. Mudei muito. Gostei da mudança. (Sonho em voltar todas as noites.). Voltei. Ao Brasil. À realidade. Me deparei com outro mundo. Amigos novos (adoro isso). Os tenho comigo até hoje. São muito importantes. Comecei a trabalhar com direção de arte em publicidade. Muito trabalho, noites em claro e um salário mínimo. Não fotografei mais – gaguejo quando tento explicar o por que. Me formei. Comunicóloga. Bonito este nome. Encarei o circo da propaganda por mais alguns anos. Não queria mais trabalhar em pastelaria. Voltei aos estudos. Uma pós. (pensei que nunca faria uma pós). Uma pequena mudança nos caminhar e me formei designer gráfica. Descobri o que me instiga em tudo que passei: a imagem. Nunca me declarei fotógrafa. Não gostava da técnica. Gostava do erro. Das possibilidades. No design encontro mais. E então um convite, um novo emprego: o mundo do design editorial. Cá estou. “Movimento figurinhas” o dia todo. Adoro o que faço. Me divirto. Mas sempre falta algo. E é nesta falta que surgem os respiros. Alguns projetos para quebrar regras. Ano passado algo mais se consolidou. Um espaço para juntar várias paixões. Cia. de Teatro Antro Exposto. Design, imagem, fotografia, arte, amor. Tudo embalado de novos sonhos. Sonhados juntos à insônia de meu melhor acerto. Hoje, sinto o peso da era balzaquiana se aproximar: entre outras baixas, descobri que não tenho mais três rins. Considero-me sortuda e feliz. O que mais?
(avisei que falo muito?)
NUNCA PENSEI EM TER UM.
APESAR DE FALAR MUITO (NÃO DE MANHÃ),
NÃO SOU DE ESCREVER.
MAS IMAGENS TAMBÉM FALAM, NÃO?
ESTA É A MINHA FALA.
MAS COMO COMEÇAR?
COMEÇAR UM TEXTO, UM RELACIONAMENTO.
TODO COMEÇO É DIFÍCIL, DESCONHECIDO.
COMEÇO ENTÃO PELO QUE CONHEÇO (OU ACHO)
E QUE ALGUNS PODEM NÃO CONHECER.
UMA BREVE APRESENTAÇÃO. RASA, SUPERFICIAL.
MAS ESSA É A AUTORA DESTE MAIS NOVO BLOG,
DENTRE OS INÚMEROS NASCIDOS AGORA.
ESTA SOU EU (OU PARTE DE MIM)
PRAZER. PASSEM SEMPRE POR AQUI...
01 de agosto. Um choro. O primeiro. O ano? 79. Não escondo. Critico, mas gosto das rugas e cabelos brancos. (dos cabelos brancos menos). Ano da anistia. Por isso vim. Já cheguei atrasada, como de costume. Um pai e uma mãe indescritíveis (se descrevê-los, parecerá mentira. Perfeitos! Guardo pra mim, ou conto mais tarde). Avós... ah, os avós... Filha e neta única até os 5 anos. Mimo? Aos 9 meses: operação. Três rins e uma formação errada nos ureteres. Um ano e meio, acidente: duas pernas quebradas. Depois disso, poucas baixas. Odeio agulhas. Continuo filha única, mas gosto. Gosto de pessoas. Amo amigos. Melhor aluna até a quarta série. Primeira nota vermelha na quinta. Percebi que não precisava me esforçar muito para ficar na média. E assim fui. Fugindo da educação física e me empenhando na artística. Fiz dança. (É. Jazz. Não consegui passar ilesa aos anos 80.) Fiz teatro. Nunca pensei em ser atriz. Gostava mais das festas. E em uma festa aos 15 beijei o que vem a ser meu melhor acerto. Menino mais velho, roupas pretas, rasgadas, andar descalço. Há quase 15 anos? O que dizer? (se descrever parecerá mentira. Perfeito! Guardo pra mim, ou conto mais tarde). Metade de uma vida. Quero mais. Um ano depois do beijo, ele veio pra São Paulo (cidade que me fez careta quando criança ao sentir seu cheiro). Vim atrás. Atrás de amor, de sonho, de trabalho (como todos, não?). Morei vinte e sete dias em um pensionato de freiras. Aluguei um quarto na casa de uma senhora - ela maltratava o marido. Aluguei um apartamento com uma amiga. A amiga se foi. Veio outro amigo. Depois a irmã dele. Já era tempo de parar de dividir a cama de solteiro. Fomos morar juntos. Um quarto e sala e muitos livros. Sim! Neste momento já havia o filho: tricolor, macho. Me ensina muita coisa até hoje. Cursei Publicidade. Faltava às aulas – passava boa parte do tempo na faculdade de Artes Plásticas. Ele me dizia que era para dormir melhor no escuro do passar dos slides das aulas de história, mas não. Um professor de fotografia. Me apaixonei – pela fotografia. Uma fotógrafa americana, retratando o “fim de festa” de sua geração e mudando a história. Me fez acreditar que a câmera não mordia. Uma inquietação juvenil, a vontade dando vazão ao experimento. Um scanner na mesa e muita coisa na cabeça. Ganhei uma bolsa de estudos. Fui morar em Paris. Não falava francês, mas me senti em casa em uma semana. Não queria voltar. Ele foi ficar comigo nos últimos meses. Mudamos muito na distancia. Mudei muito. Gostei da mudança. (Sonho em voltar todas as noites.). Voltei. Ao Brasil. À realidade. Me deparei com outro mundo. Amigos novos (adoro isso). Os tenho comigo até hoje. São muito importantes. Comecei a trabalhar com direção de arte em publicidade. Muito trabalho, noites em claro e um salário mínimo. Não fotografei mais – gaguejo quando tento explicar o por que. Me formei. Comunicóloga. Bonito este nome. Encarei o circo da propaganda por mais alguns anos. Não queria mais trabalhar em pastelaria. Voltei aos estudos. Uma pós. (pensei que nunca faria uma pós). Uma pequena mudança nos caminhar e me formei designer gráfica. Descobri o que me instiga em tudo que passei: a imagem. Nunca me declarei fotógrafa. Não gostava da técnica. Gostava do erro. Das possibilidades. No design encontro mais. E então um convite, um novo emprego: o mundo do design editorial. Cá estou. “Movimento figurinhas” o dia todo. Adoro o que faço. Me divirto. Mas sempre falta algo. E é nesta falta que surgem os respiros. Alguns projetos para quebrar regras. Ano passado algo mais se consolidou. Um espaço para juntar várias paixões. Cia. de Teatro Antro Exposto. Design, imagem, fotografia, arte, amor. Tudo embalado de novos sonhos. Sonhados juntos à insônia de meu melhor acerto. Hoje, sinto o peso da era balzaquiana se aproximar: entre outras baixas, descobri que não tenho mais três rins. Considero-me sortuda e feliz. O que mais?
(avisei que falo muito?)
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